quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Europeus procuram Brasil para restauração de Kombis
Apesar das despedida das linhas de produção, a Kombi terá sua vida prolongada no velho continente graças às oficinas brasileiras. Isso acontece, pois o veículo consagrado pelos hippies está em escassez na europa e poucas oficinas há dedicadas à restauração do carro.
Enquanto na europa a Kombi deixava de ser produzida já na década de setenta, no Brasil a sua montagem se encerra apenas em 31 de dezembro desse ano, logo sua manutenção e restauro é uma prática comum no país, o que obriga europeus a recorrerem às terras tupiniquins.
O brasileiro Alexandre Rizzo conta com mais de 20 anos de experiência na restauração do utilitário e mais de uma centena de Kombis reparadas em seu currículo. Hoje tem em sua garagem cerca de quinze Kombis resgatadas do ferro velho e que aguardam a renovação para cruzarem o Atlântico.
"O reconhecimento de uma Kombi na europa é muito maior do que no Brasil. Ali você pode comprar uma Ferrari se quiser, mas não uma Kombi, por isso ela tem tanto valor." - afirma o profissional , que ainda alega que o europeu tem uma necessidade de ostentação, mais do que a paixão pelo automóvel propriamente dita.
Alemanha, França e Itália são o destino das quatro Kombis que atualmente estão sendo restauradas, todas com fabricação anterior a 1975, e hoje são os principais rumos das Kombis reparadas, tendo um perfil de clientes de alto poder aquisitivo, totalmente diferente do Brasil.
A dedicação dispensada a cada automóvel e o aumento do número de pedidos faz com que o Alexandre tenha uma lista de espera de até um ano, e dessa forma ele prefere tratar do "assunto" preço diretamente com o prospect.
O empresário diz que, no momento, prefere não ampliar o negócio, pois isso toma muito de seu tempo e ele precisa ter um tempo para dedicar à sua família, além é claro que ele prima pela qualidade e exclusividade de seu serviço, o que seria inviabilizado com uma ampliação.
Rizzo ainda conta, sob um tom nostálgico, sobre a restauração de uma ambulância de tetoduplo no qual ficou nove meses restaurando peça por peça. O veículo seria vendido posteriormente para um empresário que ofereceu um alto preço.
Embora a demanda seja essencialmente da Europa, o pequeno empresário acredita que com o anúncio do fim da produção no Brasil a procura por parte dos brasileiros crescerá significativamente. Alexandre Rizzo já, inclusive, tem um projeto de restauração com temáticas hippies e surfistas.
Fonte: Antigo e Cia
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